sexta-feira, 12 de novembro de 2010



“Tragam de volta nossos poetas mortos para que façam coro com aqueles que ainda cospem seus versos imundos e dissonantes no mundo dos vivos. Vamos dar as mãos em volta da fogueira de letras e sonetos sujos, cantar a vida e suas dores, contar os mortos e nossos amores. Venham de mãos dadas com o vento, buscando o alimento de suas vidas vazias. Tragam Augusto, Álvares, Byron, Josés, Marias e Antônios. Que venham Florbela, Hilda, Flávias e Joanas. Vamos morrer em poesias e prosas, e viver de nossas linhas mal escritas.”
A sinopse da obra já diz tudo.

Falemos em poesia e/ou prosa sobre o estranho, a morte, o funesto.

Dia 20 de novembro de 2010, na Fapcon, Rua Major Maragliano, 191 – Vila Mariana – São Paulo/SP, ocorrerá no evento JEDICON o lançamento da antologia poética À SOMBRA DO CORVO.
Para aqueles que apreciam a poesia e as fantasias insanas da vida, será um bom prato.
Além da obra citada, teremos o lançamento de mais dois títulos na mesma data, hora e local. Estou falando dos livros: HISTÓRIAS FANTÁSTICAS - Vol.1 e EXTRANEUS MEDIEVAL SCIFI - Vol.1.
O evento terá inicio as 09h00min e terminará as 17h00min. Sendo que a seção de autógrafos com os autores será as 14h00min.

Obs. A Fapcon fica a 5 minutos da estação Vila Mariana.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

NÚMEROS


Aonde pousaram as borboletas e os beija-flores?
Onde estão as flores?
Meu parco tempo, ainda esperançoso,
Se faz em prol dum fluxo irreversível
De questionamentos sobre teses,
formas, traços, riscos e números
que sem um motivo sequer coerente,
resultam em sete.


Dimitry Uziel
Inspirado no filme NÚMERO 9

BOCAGE, ETERNAMENTE BOCAGE


A frouxidão no amor é uma ofensa,
Ofensa que se eleva a grau supremo;
Paixão requer paixão; fervor e extremo.
Com extremo e fervor se recompensa.

Vê qual sou, vê qual és, vê que diferença!
Eu descrevo, eu praguejo, eu ardo, eu gemo;
Eu choro, eu desespero, eu clamo, eu tremo;
Em sombras a razão se me condenas.

Tu só tens gratidão, só tens brandura,
E antes que um coração pouco amoroso,
Quiser ver-te uma alma ingrata e dura.

Talvez me enfadaria aspecto iroso,
Mas de teu peito a lânguida ternura.
Tem-me cativo, e não me faz ditoso.

BOCAGE

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

(...)
Rudy e Liesel caminhavam para a rua Himmel, embaixo da chuva. Ele era o maluco que se pintava de preto e derrotara o mundo inteiro.
Ela era a roubadora de livros que não tinha palavras.
Mas, acredite, as palavras estavam a caminho e, quando chegassem, Liesel as seguraria nas mãos feito nuvens, e as torceria feito chuva.


Markus Zuzak
(a menina que roubava livros)

Uma nova quimera está para nascer.
Meus olhos voltaram a luzir.
Eis o dono disso.
Meu corpo está quente, pronto para devorar uma nova alma.
Sorriso magnífico, corpo que estremece a um único toque.
Duas bocas que se desejam, traçando um novo destino.
Ao unir os lábios os corpos se encontram no mais perfeito embalo.
Corpos sedentos pelo perigo, pelo desejo, pelo abraço.
As horas neste momento param e tudo parece um sonho.
15 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010


Eu olho para o espelho, um estranho me observa.
Lábios tremulos, o frio brilha em seu olhos.
A gaiola de meu corpo quebrado, apenas uma maneira de escapar.
Um pesadelo habita minha mente, não para de gritar... E fica gritando.
Hoje vejo o amor em cores, hoje sonho em vermelho.